Resiliência – “A arte de se curvar para alcançar mais alto”

Resiliência

“A arte de se curvar para alcançar mais alto”

A primeira vez que ouvi este termo foi vindo de um engenheiro que comentava sobre a importante propriedade física de suportar pressão e retornar ao estado inicial sem sofrer nenhum tipo de alteração.

Naquela conversa a pessoa fazia uma relação entre esta propriedade da física e certas necessidades e habilidades que os profissionais deveriam possuir ou desenvolver para se adaptarem melhor às mudanças que ocorrem diariamente nas organizações.

Hoje após alguns anos, temos ouvido um pouco mais sobre resiliência e também este termo já nos é bem mais familiar, principalmente no mundo corporativo o qual diante das necessidades e da velocidade de adaptação que estamos expostos, somos obrigados a desenvolver habilidades e capacidades que não podemos ignorar.

Não é de se espantar com tantas situações onde nos deparamos com o excesso de tarefas, prioridades e mais prioridades, cobranças em cima de cobranças, incoerências, mandos e desmandos, falta de tomada de decisões ou tomadas de decisões drásticas, isso sem falar nas questões de injustiça e de desmotivação das pessoas, enfim, ter que administrar estas situações e aliar isso ao fato de que temos nossas vidas particulares, que também nos apresentam questões a serem resolvidas, é bem complicado e acarreta em pressões psicológicas que por muitas vezes se transforma nesse tal de estresse.

Sabemos exatamente que isso tudo, infelizmente não é mais uma exceção nas empresas e sim já se tornou quase uma regra, pois sempre conseguimos dar aquele jeitinho e finalizamos o projeto atrasado, ou ficamos até mais tarde e concluímos aquele relatório urgente. Sempre conseguimos e vamos superando as barreiras que nos são impostas, vamos suplantando as dificuldades e nos fortalecendo nas adversidades, tendo a oportunidade de aprender, melhorar o que fazemos e também evitar muitas coisas as quais jamais devemos fazer.

Aprender a lidar com estas questões faz parte de um grande processo de desenvolvimento, muitas vezes doloroso, mas que também pode se tornar uma grande oportunidade para aqueles que souberem aproveitar cada experiência vivida.

Superar o que jamais imaginávamos sofrer é uma grande demonstração de força e resistência que nos leva a subir níveis na escala da excelência e nos conduz a sermos pessoas dotadas desta capacidade de suportar as pressões, porém voltando sempre ao seu estado natural, nos tornando assim profissionais resiliêntes.

Um abraço a todos.

Renine Jarussi

É mesmo o olho do dono que engorda o gado?

É mesmo o olho do Dono é que engorda o Gado?

Esta é uma frase bastante comum, que habitualmente ouvimos de algumas pessoas quando o assunto é administração de um negócio próprio.

Com muita freqüência ouço pessoas insistindo em defender este modelo administrativo como o melhor caminho para fazer com que um negócio prospere, e foi justamente por este motivo que resolvi trazer este assunto para cá.

Não irei dizer que adotar este tipo de prática seja errado ou que não apresente resultados, totalmente pelo contrário, acredito sim, que se aplicado, este tipo de controle e de fiscalização, as coisas estarão bem enquadradas ao que o administrador imagina e julga ser o melhor para o seu negócio, pois pelo próprio fato dele estar “full time” no negócio, controlando cada passo de seus funcionários, hora a hora, minuto a minuto, com toda a certeza, os padrões de trabalho estarão garantidos e serão mantidos conforme o seu desejo de “Dono” deste negócio.

Minha intenção, ao trazer este assunto, não foi a de simplesmente concordar com isso e pronto, mas foi sim, a de trazer outro ponto de vista a cerca deste tema, principalmente pelo fato de particularmente não acreditar que esta seja a melhor forma para administrar uma empresa ou um negócio, a menos que estejamos falando de uma empresa tão pequena que não necessite de muito mais pessoas do que o próprio dono para que seja administrada.

Defendo a profissionalização dos negócios, não importando se de forma simples ou mais complexa, pois só assim conseguiremos ter uma visão mais clara dos negócios como se estivéssemos olhando para um mapa. Sendo assim, como forma de contribuição para uma reflexão mais ampla sobre este tema, gostaria de apresentar três aspectos os quais creio serem fundamentais para que tenhamos um melhor sistema administrativo e por conseqüência não tenhamos que adotar este modo para que as coisas possam dar certo:

 Primeiro) Administração participativa – Fazer com que cada integrante da equipe possua além de suas atividades, as devidas responsabilidades sobre os resultados. Trabalhar de forma clara e transparente permitindo que a criatividade dos profissionais possa ser desenvolvida e colocada a prova. Grandes empresas como Microsoft, HP entre outras tantas de tecnologia, já perceberam a importância de compartilhar com os seus colaboradores estas questões que dizem respeito principalmente aos resultados alcançados.

Segundo) Processos e controles eficazes – Implantar sistemas de trabalho e de controles que ofereçam informações claras e precisas sobre a evolução das coisas. É claro que se não planejarmos, monitorarmos, avaliarmos e estivermos muito atentos às oscilações do mercado, estaremos muito mais expostos a sofrer com os impactos destas alterações, pois as mesmas nos pegarão de surpresa. Não podemos nos esquecer que atualmente estamos vivendo uma era onde o conhecimento é uma das principais ferramentas competitivas que uma empresa pode possuir. Já trabalhar com estas informações é que faz a diferença e traz grandes ganhos a qualquer negócio ou gestor. Peter Drucker já defendia, “os grandes ganhos de produtividade, daqui para frente, advirão das melhorias na gestão do conhecimento”. Sendo assim, trabalhar com o conhecimento e as informações é possuir elementos que favoreçam as tomadas de decisão que irão nos conduzir à vitória ou ao fracasso. Sun Tzu em seu livro a Arte da Guerra aborda de forma enfática questões como essa quando fala de suas estratégias de guerra, Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas…”

Não tenho dúvida que da mesma forma tais informações sobre nossa empresa, nosso desempenho, nossos concorrentes entre outras tantas, nos ajude a administrar melhor e com mais clareza, porém para isso precisamos desenvolver processos de trabalho, controles e indicadores estratégicos claros e eficazes o suficiente para oferecer o que necessitamos.

Por fim, o Terceiro aspecto) Relacionamento com os colaboradores – Trabalhar de uma forma que não seja preciso ser nem o “amigão” nem o “carrasco” para conseguir algum tipo de resultado da sua equipe, mesmo por que, tenho certeza de que qualquer um destes caminhos leva apenas a criar climas que não contribuirão de forma positiva.

Sei que até parece simples, mas a complexidade das ações individuais que contribuem para construir esta estrutura exige muita dedicação, trabalho, esforço e por muitas vezes a ajuda de profissionais especializados, não esquecendo nunca que, além disso, devem estar sempre baseadas em pilares sólidos de transparência, respeito e confiança.

Para concluir volto ao início dizendo que o “olho do dono pode até engordar o gado, mas é um desperdício ter que ficar olhando o gado enquanto temos tanta coisa boa para fazer, não acham?

Um abraço a todos e até o próximo.

 

Por

Renine Jarussi

 

Tempos de crise

Olá Amigos,

Não tem como não falar de crise não é?

Para poucos, uma simples “marolinha”, já para outros um verdadeiro Tsunami, mas que ela está ai, isso está.

O que quero comentar não é justamente sobre a crise em si, mas sim sobre algumas conseqüências dela e também sobre algumas simples ações as quais ela nos abriga a adotar.

Infelizmente muitos não conseguirão atravessar este mar de contas altas e sucumbirão ante as despesas que acabarão sendo maiores do que as receitas, porém devemos buscar saídas para suportar e superar este momento o qual certamente passará.

Talvez muitos não tenham passado pela última grande crise que tivemos no Brasil, que foi no final dos anos 90, quando do início do plano Real e transição do nosso país, com a abertura das porteiras internacionais, entre outras coisas que todos já sabemos.

Temos ouvido muito sobre apertar o cinto, cuidar das contas, despesas, tal e tal, mas isso é muito lindo, assim como tudo que se fala, afinal é como diz o ditado, não é? “A teoria na prática é outra coisa.” enfim, o problema é como apertar o cinto e como cuidar mais e melhor das contas se vivemos em um país, com uma economia onde temos que trabalhar mais de 150 dias somente para pagar impostos.

Vivendo num país como esse (surreal), e diante de um cenário destes, somado ao fato de estarmos no meio de uma crise onde a renda do trabalhador caiu, o volume de faturamento da maior parte das empresas caiu e somente as despesas não param de cair e estão apenas aumentando, temos mesmo é que dar uma boa parada e refletida para tentarmos enxergar o que podemos fazer, porém de forma consciente e não desesperada.

Difícil isso não é? Eu sei… eu também estou sofrendo esta crise assim como a grande maioria.

Infelizmente já vi muito executivo, tomando medidas eu diria exóticas, para reduzir despesas, mas isso será tema para outro post. O que eu acredito é que neste momento, não adianta nada cortar o copinho descartável ou pedir para economizarem no papel higiênico, o que precisamos fazer é algo um pouco mais inteligente do que isso, mesmo por que isso não representa nada em uma conta de despesas. Precisamos passar a compreender muitas coisas que antes não precisávamos, entre elas, despertar para os custos invisíveis, coisa que muita gente já ouviu falar, mas na pratica acaba não dando  a mínima (assunto para novo post também).

O que quero dizer é que metaforicamente se estivermos numa correnteza que insiste em nos levar para a cachoeira, não adianta nadar contra a correnteza, pois iremos cansar e aí sim morreremos afogados. O que temos que fazer é encontrar uma forma de ir nadando em direção diagonal para tentar em algum momento chegar à uma margem do rio, para então conseguir agarrar algum galho e aí sim termos a chance de sair dessa com vida.

Peço que me perdoem pela forma figurada de falar, mas é isso mesmo que está acontecendo com muitos, independente de terem experiência ou jamais terem vivido algo semelhante.

Acredito que primeiramente, temos que analisar cautelosamente toda a nossa planilha de despesas e fazer uma classificação, apontando nesta planilha o grau de importância, considerando as questões estratégicas no negócio em questão.

Se não tiver planilha ou os controles em dia, ai sim piorou! Será hora então de começar a fazer a lição de casa e buscar ajuda para construir algum tipo de controle que ofereça uma condição de enxergar o seu negócio de forma a você saber detalhadamente o que você tem nas mãos.

Aí sim, avaliar cada despesa e seus impactos, cada investimento e seus retornos e cada ação e suas conseqüências.  Tendo sempre em mente que em um momento como esse, não podemos dar ao luxo de correr riscos cuja probabilidade de erro seja maior do que a capacidade que o bolso possui para pagar.

Juntamente com os controles das despesas, precisamos também ter os controles que dizem respeito às vendas, faturamento, movimento, volumes, estoques e assim por diante.

Em posse destes controles o exercício é o mesmo, estudar, analisar, avaliar, ponderar, inovar e aplicar novas formas de incrementar as vendas e novas medidas para uma economia inteligente.

Algo muito lamentável que estou acostumado a ver em empresas que conheço é o fato de muitas delas não terem o habito de trabalhar as informações estratégicas do seu negócio, e não estou falando de microempresas não, é triste crer mas muitas empresas de porte razoável cometem esses pecados.

Vamos pegar como um exemplo qualquer, um restaurante de comida por quilo. Em um negócio como este, não adianta apenas fazer uma promoção para que o cliente ganhe 50% de desconto na sobremesa ou a cada 10 refeições o cliente ganhe uma inteiramente grátis. O importante é aliar a este tipo de ação algo como, por exemplo, analise do nível de desperdício na cozinha, na hora do preparo ou então quanto de alimento jogamos fora por dia, por falta de controle na hora de estimar a quantidade a ser preparada. Indo um pouco mais longe, avaliar o índice de satisfação do cliente para saber se ele gostou ou não da comida e principalmente do atendimento  para saber se ele voltará ou não, afinal é ele que nos traz o dinheiro, não é?

Estão compreendendo que uma medida isolada, apenas funciona como aquele que corta o copinho de café e acha que esta fazendo uma economia fantástica?

Não vou dar receita alguma aqui, mas vou sim alertar para que tenhamos mais tempo para pensar e refletir no nosso negócio, como um todo, pois afinal estamos em crise não é?

Vamos por as coisas no papel, fazer contas, usar mais a nossa cabeça, medir avaliar, aplicar e monitorar. Mais para frente falarei sobre uma ferramenta chamada PDCA que é muito legal e ajuda bastante, mas hoje queria apenas dar esta palavra sobre a importância do refletirmos e medirmos cada ação, cada conta, cada despesa, cada dado e cada investimento, para que assim possamos ter informações que ajude a tomar decisões mais sábias e profissionais para então termos a oportunidade de atravessar esta crise, e ai sim sairmos mais fortes de tudo isso, que infelizmente, estamos sendo obrigados a viver mais uma vez.

Por fim não posso deixar de dizer também que em algumas vezes temos que chegar a um ponto onde a decisão não é nada fácil, onde precisamos decidir em manter o negócio, nos desfazendo de conquistas passadas ou então assegurar o que já foi conquistado e tomar a cruel decisão de fechar o negócio.

Amigos, digo a vocês que um dia na minha vida eu já tive que tomar uma decisão como essa e não nego que naquele momento da minha vida, foi uma das piores coisas que me aconteceu, mas como acredito que nada é por acaso, hoje agradeço a Deus por ter vivido aqueles momentos, pois caso contrario, eu estaria lá até hoje, do mesmo jeito, e com toda a certeza não estaria aqui escrevendo este Blog.

Grande abraço e até breve

Renine Jarussi

Introdução

Miopia Empresarial

Miopia, uma palavra que no dicionário significa “Anormalidade visual que só permite ver os objetos a pequena distância do olho”. Também tem como significado “vista curta” e por mais estranho que possa parecer, consta também como significado, a “falta de inteligência”.

Sendo assim, este nome que escolhi como título deste blog, já explica por si só o que pretendo abordar e já da uma noção dos assuntos que pretendo trazer para apresentar ou até discutir.

Meu interesse neste blog é meramente o de poder compartilhar meus pensamentos, conhecimentos e experiências vividas, sabendo é claro, que muitos concordarão e outros muitos discordarão, porém o que eu pretendo é simplesmente poder falar, apresentar e até desabafar sobre fatos de uma realidade que está diante de nós, e muitas vezes por causa desta tal “Miopia”, não conseguimos enxergar ou então enxergamos de forma equivocada.

Muito bem…por isso, já agradeço a todos pelo fato de terem despertado a curiosidade e terem lido um pouco do que escrevo, e mais do que isso, desejo do fundo do coração que cada um de nós possamos viver dias melhores, trabalhar em empresas melhores, possuir “chefes” e colegas melhores, ganhar salários melhores, mas que acima de tudo possamos ser pessoas melhores, com pensamentos, comportamentos e atitudes melhores a cada dia, pois só assim poderemos ter a oportunidade de colher as melhores coisas, pelo simples fato de termos também semeado as melhores coisas.

 

Um forte abraço a todos.

 

Renine Jarussi

Olá, Amigos!

Olá amigos!

Nasce aqui um Blog que pretende, de forma muito autêntica e clara, abordar assuntos que são importantes para o desenvolvimento de pessoas, profissionais, negócios e organizações.

Num mundo tão competitivo e corrido, muitas vezes deixamos passar despercebido, coisas que são fundamentais, ou então canalizamos nosso tempo em atividades que julgamos ser urgentes, porém nem sempre são importantes.

Estas reflexões, comentários, exercícios e até meus pontos de vista, é o que estarei comentando e apresentando neste Blog, o qual espero que seja não apenas do agrado, mas útil para que possamos juntos refletir a cerca dos temas aqui lançados.

Gostaria de deixar claro também, que em muitos casos, darei minhas opiniões pessoais, não querendo com isso que as tomem como verdades absolutas, mas que apenas as recebam e as respeitem como minha forma de expressão e de opinião.

Obrigado e um Grande abraço!

Renine Jarussi